O governo do Distrito Federal anuncia um investimento de aproximadamente R$ 72 milhões para ampliar a oferta de sensores de monitoramento de glicose a pacientes diabéticos. A iniciativa visa equipar a rede pública com tecnologia de ponta para rastrear de modo contínuo os níveis de açúcar no sangue — em vez dos métodos tradicionais de medição pontual —, permitindo um acompanhamento mais preciso da condição. Com isso, espera-se reduzir complicações e internações relacionadas ao diabetes, além de oferecer melhor qualidade de vida aos usuários.
Os dispositivos envolvidos funcionam aplicando um pequeno sensor sob a pele, que mede glicose no líquido intersticial e transmite os dados para monitoramento remoto, sem necessidade de múltiplas picadas nos dedos ao longo do dia. Essa tecnologia, já reconhecida em outros municípios e estados, proporciona alertas sobre variações bruscas de glicemia e traz uma “visão em tempo real” do quadro clínico do paciente. Em âmbito público, a adoção desses equipamentos tem se mostrado eficaz para prevenção de eventos graves e para o controle integral da doença.
Com o investimento anunciado, o plano é distribuir esses sensores a um contingente significativo de beneficiários da rede pública. O valor previsto — cerca de R$ 72 milhões — cobre aquisição, logística, treinamento de equipes de saúde e suporte técnico. A expectativa é que, ao longo de vários anos, o sistema se torne parte regular do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) na região, proporcionando um salto na forma de cuidar do diabetes e avançando no cumprimento do direito à saúde.
Essa estratégia reflete uma mudança de paradigma no tratamento do diabetes: ao invés de reagir às crises e às complicações, o foco se volta para o monitoramento contínuo, a antecipação de eventos e a personalização do acompanhamento. Para os pacientes, isso significa menos risco de hipoglicemia ou hiperglicemia, menos internações, menos interrupções na rotina e maior tranquilidade. Do ponto de vista do poder público, o investimento evidencia que o gasto com tecnologia pode se converter em economia com cuidados emergenciais e em melhoria dos indicadores de saúde.
Fonte: Jornal de Brasília.
