Os alimentos ultraprocessados estão cada vez mais presentes nas prateleiras dos supermercados e na rotina alimentar da população. Rápidos, práticos e muitas vezes saborosos, eles escondem por trás de suas embalagens coloridas uma série de riscos à saúde. Estudos têm demonstrado que o consumo frequente desses produtos está diretamente ligado ao aumento de doenças crônicas como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e até alguns tipos de câncer.
Ultraprocessados são produtos industrializados que passam por diversas etapas de processamento e contêm aditivos químicos como corantes, conservantes, aromatizantes e realçadores de sabor. Exemplos incluem refrigerantes, salgadinhos de pacote, embutidos, macarrão instantâneo, bolachas recheadas e cereais matinais industrializados. Embora sejam convenientes, esses alimentos têm baixo valor nutricional e alto teor de açúcar, gordura saturada, sódio e calorias vazias.
O consumo frequente desses produtos também impacta negativamente a saúde metabólica e cardiovascular. Eles favorecem o acúmulo de gordura visceral — aquela que se acumula em torno dos órgãos —, aumentam a inflamação no organismo e desregulam hormônios ligados à saciedade e ao apetite. Com o tempo, essas alterações contribuem para o desenvolvimento de doenças silenciosas que comprometem a qualidade e a expectativa de vida.
Além dos efeitos físicos, há também consequências para a saúde mental. Pesquisas apontam que dietas ricas em ultraprocessados estão associadas a maior risco de depressão e ansiedade. Isso se deve, em parte, à baixa presença de nutrientes essenciais como vitaminas do complexo B, magnésio e ômega-3, fundamentais para o funcionamento do cérebro. Ou seja, o que comemos afeta diretamente não só o corpo, mas também o nosso equilíbrio emocional.
Diante desse cenário, é essencial repensar os hábitos alimentares e priorizar uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados — como frutas, legumes, grãos, ovos e carnes frescas. Cozinhar mais em casa, ler os rótulos dos produtos e reduzir o consumo de industrializados são atitudes simples que podem trazer benefícios duradouros. Alimentar-se bem é um ato de cuidado consigo mesmo — e uma poderosa forma de prevenir doenças antes que elas apareçam.
