Todos os anos, entre os meses de maio e outubro, Brasília se transforma em um verdadeiro espetáculo natural com a floração dos ipês. Essas árvores, típicas do Cerrado, colorem a cidade com tons vibrantes de roxo, amarelo, branco, rosa e até verde, tornando-se símbolo da capital federal. O ciclo começa com os ipês-roxos, que florescem entre maio e agosto, resistindo bem ao clima seco e se destacando pela imponência e beleza.
Em seguida, é a vez dos ipês-amarelos, que desabrocham com força entre julho e setembro. Existem diferentes espécies de ipê-amarelo, cada uma com características específicas, mas todas com uma presença marcante na paisagem urbana. São árvores que, mesmo jovens, já começam a florescer, proporcionando um visual encantador em avenidas, praças e áreas residenciais.
Com a chegada de agosto, o cenário fica ainda mais diverso com o florescimento dos ipês-brancos e rosas. Essas variedades seguem até outubro, cobrindo o chão com uma chuva suave de pétalas. É comum observar, nessa época, diferentes cores de ipês florescendo ao mesmo tempo, criando verdadeiros corredores naturais que encantam moradores e visitantes.
Menos conhecido, o ipê-verde é uma raridade que costuma florescer entre setembro e novembro. Seu tom discreto e beleza sutil aparecem com mais frequência em áreas preservadas da cidade, como parques e reservas ambientais. Além do valor paisagístico, ele também é reconhecido por propriedades medicinais populares.
O cuidado com os ipês em Brasília envolve um trabalho contínuo de plantio e preservação. Milhares de mudas vêm sendo cultivadas em viveiros e plantadas em diversos pontos da cidade, especialmente no período chuvoso, quando há mais chances de adaptação e crescimento. Com o passar dos anos, os ipês se tornaram mais do que um charme da estação seca — são parte da identidade cultural e ambiental da capital.